quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Resenha: Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda (1974)

Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda (1974)
Na minha opinião, como disse num dos posts anteriores, o livro "Eram os Deuses Astronautas?" é uma companhia perfeita pra escutar o disco do Violeta de Outono. Certo? Certo! Mas, vamos voltar 18 anos antes do lançamento do Violeta, chegamos em 1968, um ano antes do Neil Armstrong pisar na Lua. Nesse mesmo ciclo dos 365, era lançado o livro citado acima, e teve um cara, conhecido já na nossa música (por outros álbuns incríveis), e dessa vez, vou citar um dos álbuns mais bem pensados, em termos poéticos, ideológicos e musicais. E esse cara com absolutíssima certeza leu esse livro de cabo à rabo!

Em 1974, foi lançado o digníssimo "A Tábua de Esmeralda", do já conhecido Jorge Ben. Agora, imaginem só: Homem pisando na lua e um livro falando de todas essas coisas de outras existências, outros mundos, outros seres...e o Ben nos dá isso musicado.
De cara, a gente recebe uma bordoada poética em "Os Alquimistas Estão Chegando". Com uma intro de violão que podemos de cara identificar o artista levado de um coro que dispensa qualquer comentário. Não poderia ter escolhido uma música melhor para ser a de abertura. Já começa muito bem (quem sou eu pra dizer, mas eu vou dizer!).
De sequência, tem uma das minhas músicas favoritas do Jorge "Well": "O Homem da Gravata Florida". Que som delicioso! Puta Merda! Eu fico pensando da onde veio essa idéia!? "Essa gravata é o relatório de harmonia de coisas belas. É um jardim suspenso dependurado no pescoço...". Não sei onde eu termino é poesia demais. É inspiração demais! Inspiração que dificilmente veremos de novo em nossa música, principalmente no estilo que ele seguia antes de lançar o ÁFRICA BRASIL.

Vou explicar uma coisa: Conheci o Jorge através da minha mãe (Flàvia) e tenho uma certa opinião sobre quando falo dele. Eu digo que existem dois 'Jorges': JOrge Ben e Jorge Ben Jor. Ben, de 1976 pra trás e Jor de 1977 pra frente. E com toda certeza a 'era' Ben foi a melhor de todas. Depois apareceram coisas como W/Brasil e Gostosa, que sei lá..., só fizeram sucesso, mas que eu, particularmente, não sinto que é o mesmo Jorge, por isso, divido sua carreira mentalmente dessa forma.

Bem, vamos voltar pro LP. Por fim o disco entrega nos seus ouvidos a claríssima referência ao livro com a irretocável, "Errare Humanum Est" que é seguida por "Menina Mulher da Pele Preta". O disco dá uma quebrada no tema em "Eu Vou Torcer" e depois, de forma mais romântica, mas voltando subliminarmente com o tema, chegamos com "Magnólia". Virou um hino desse disco, posso dizer assim.
Na metade do disco, temos "Minha Teimosia, Uma Arma pra te Conquistar", "Zumbi" que tem um lindo acompanhamento de violino e uma belíssima letra. Vale a sua atenção! Continuamos com "Brother" e com a cômica "O Namorado da Viúva".
Aqui, vamos ao som que dá nome ao disco e nome à quem escreveu (segundo histórias) a própria tábua de esmeralda. "Hermes Trismegisto e Sua Celeste Tábua de Esmeralda". Devagar, de ritmo gostoso de escutar e acompanhar cada estrofe e gritar junto num refrãozinho: "O SOL É SEU PAI. A LUA É SUA MÃE!"
O disco fecha com "Cinco Minutos" e olha eu peço que você espere o tempo todinho desse álbum acabar senão "Você não sabe o que perdeu". Ó, vale cada segundo!

Escuta ele aqui
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https://www.youtube.com/watch?v=KpbkJrJodcQ&t=18s

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