sábado, 3 de fevereiro de 2018

Resenha: dIRE sTRAITS (1978)

-dIRE sTRAITS-
  Esse é uma grande honra, além de prazer pra escrever enquanto escuto.

  Em 1978, quatro caras, fizeram misturas de country, jazz, blues e classic rock; e um toque pra lá de especial -guitarras clean e uma forma excêntrica de escutá-la sem perceber um toque de palheta-. Isso em meio do auge do Punk Rock no Reino Unido. Sim, estou falando de John Illsley, David Knopfler, Pick Withers e o centro dessa genialidade musical, Mark Knopfler. O então "Dire Straits"!

Vou ser sincero, toda vez que eu vou na galeria eu procuro em TODAS as lojas e nenhuma tem camiseta do dIRE sTRAITS. As vezes, eu penso que é só eu que gosto e fico chateado. Bastante, por sinal. Hahahaha


  Bora ao que interessa. Esse disco é fodido! Começa com "Down To The Waterline" quebrando com tudo. Manja aquele som que vem quietinho e destrói tudo depois? Essa faixa é exatamente assim, seguida de uma mudança brusca por um violão country. Você se imagina em uma roda de conversa com Willie Nelson, enquanto toma alguns tragos; "Water of Love" é bem assim. Eu juro. Essa pegada continua com "Setting Me Up", a diferença é que voltamos na guitarra e com uma levada mais rápida. E vejam só, é um baita sonzão!
  Na metade do disco, com "Six Blade Knife", a banda no traz uma baladinha (posso dizer assim), com um grande destaque para a sua técnica de tocar sem usar palheta e abafar as cordas com uma precisão atômica e fazer isso tudo combinar. É gostoso de ouvir esse som (antes de dormir). "Southband Again" não fica pra trás, aqui sentimos o Jazz e talvez um pouco de soul/funky, fora as viradas de "solos" para uma nova entrada de riff. Na moral? Mark é genial!

  Agora, chegamos em um triunfo do mundo da música. Mas, antes de qualquer coisa, ouvindo o disco com calma e por completo, você percebe que, quando chega na faixa 6, parece que exatamente TUDO MUDA! É muito louco. Não sei se é porque virou um clássico ou de extrema facilidade de reconhecimento ou por qualquer outra magia que tem por trás desse som, mas que causa um estranhamento..., disso eu não tenho dúvidas. É gritante! "Sultans of Swing", com toda certeza é o maior clássico do dIRE sTRAITS. Eu ainda, para falar a verdade, não sei como descrever esse som. Sei que mais uma vez, meu avô que me mostrou naqueles DVD's de 99 clips. Era uma versão Live (The Old Grey Whistle Test) de 1978 - https://www.youtube.com/watch?v=IRNlRSv0uVQ -(na época, nem imaginava que era um programa de TV e que era no mesmo ano de lançamento do disco em questão). E eu achava sensacional o primeiro solo e quando eu ouvi a versão de estúdio, percebi que tinham suas diferenças e comecei a entender um pouco mais sobre essa liberdade musical e aquilo foi fantástico pra mim. E até hoje a versão desse primeiro solo, pra mim, é sem dúvidas a melhor versão. E isso acontece nos 2:49 desse vídeo que coloquei o link aí em cima. FODA!
  Apesar de todo o hype merecido, não vou prolongar muito nesse som, seria injusto (merecidamente também...) com os outros sons do álbum. Ahh, me desculpe. É que não tem como!

  "In The Gallery", com delicadeza e uma frieza calorosa, mostra suas técnicas em u som mais lento, porém poderoso pela sua voz que parece um sussurro qualificadamente alto. Uma boa pedida para se beber um vinho e ler o encarte do LP (que eu tenho a sorte de tê-lo).
  "Wild West End" é apaixonante. Um violão lindíssimo de base que serve como uma cama de plumas para os delicados solos de guitarra. Complementam a música perfeitamente e bateria executada na medida exata. Um sonzaço!
  E esse disco fecha com "Lions", a nona faixa encerra a primera experiência da banda de forma agradável, porém, poderia ser fechada com a anterior, talvez, ficasse melhor encaixado.

  E somente um adendo, no ano seguinte (1979), foi lançado o álbum "Communiqué" e a quinta faixa é SENSACIONAL, fiquem com essa recomendação extra que se chama "Lady Writer" (https://www.youtube.com/watch?v=BlD6jCGVU4A). Simplesmente imprescindível.
  Legal mesmo é ver como tomou ótimas proporções e aclamado pelas críticas Britânicas, à ponto de parar nas paradas de sucesso americanas. É um grande marco e temos de respeitar e reconhecer isso.


  Agora, pode pegar a palheta de volta e tirar os solos desse gênio. Não é pecado fazer isso com tal acessório, mas muda bastante (Hahahaha).
Só escuta, depois pega a guitarra de novo (e fique se perguntando como ele faz isso sem palheta) para tentar acompanhar esse baita disco.

Ta aqui ó, pra te ajudar:
👇👇👇
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